- Ta ouvindo essa música?
- Sim. E daí?
- Eu não entendo nada do que ela ta dizendo, e ainda assim gosto. Entende?
- Entendo. Com minha mulher é a mesma coisa!
- Sua mulher faz tanto sucesso quanto essa música. Com todo respeito.
- Não adianta falar uma grosseria e no final disfarçar colocando “com todo respeito”.
- Fui grosso?
- Disse que minha mulher faz sucesso, que ela é gostosa. Que todos querem ela.
- Isso foi ser grosso? Eu disse a verdade.
- Ta certo.
- Pelo menos ela não toca em tudo quanto é lugar, como essa música.
- He he... boa.
- Você já imaginou se a sua mulher...
- Já.
- Nem terminei de falar.
- Eu já imaginei, sem dúvida.
- Mas...
- Eu imaginei, ta? Fica tranquilo. Acho até legal você tocar no assunto. Mas vamos mudar o foco.
- Eu ia dizer que se ela...
- Entendo. E ela já quase fez isso. Eu imagino tudo com ela. Bom ou ruim, já passou a possibilidade em minha cabeça.
- Tudo?
- Tudo. Uma vez imaginei que estávamos terminando dentro de um foguete que ia pra Lua. O foguete levava eu, ela, 5 saguis e era patrocinado pela Pepsi.
- Você é doido cara.
- Imaginação fértil.
- Já imaginou coisas comigo?
- Não vamos falar disso.
- O quê? Me fala.
- Imaginei que você era roxo, vivia de baixo da terra e fazia muito sucesso filmando documentários sobre documentários., além de ser gay.
- Ha ha ha ha! He he... Hi... ho... Oh, você é doido!
- Doida é essa música que ta tocando agora. Eu entendo tudo que ela ta dizendo, e diferente da outra, não gosto. Entende?
- Entendo, é como minha relação com você.
- Grosso.
- Doido.
Legal. Muito bom Fabio. Gosto muito dessa série (CONVERSA AFIADA)q vc fez. Acho muito legal vc conseguir escrever todos os dias mano. Quero conseguir um dia também. Abraço.
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