sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Pássaro

Escolhi o próximo livro a ser mastigado, mais um Veríssimo. Não existe contra indicação para este. Tomando meu Capuccino penso. Hum... Vou ler na varanda. Sim, tenho uma varanda, moro quase no centro de São Paulo, e tenho uma varandinha que acolhe uma rede que me acolhe. Por maior que seja a ofensa para a rede se esticar por aqui e não na frente da natureza.

Isso, vou ler Veríssimo esticado em minha rede aproveitando o Sol. O poderoso Sol que o homem não vai atingir, graças a distância! Se fosse um pouco mais perto, nem imagino a merda que ia dar, as idéias bizarras de naves espaciais visitando a orbita do Sol com gente da classe A e AA. Pacotes de viagem o ano inteiro, pois perto do Sol sempre é verão! "Venha pegar o bronze de Zeus, aproveita a sauna solina, novo tratamento de beleza". Enfim, que bom que o Sol está longe,  é uma natureza e sempre irá tocar o homem por mais concreto que exista em nossa volta.

Tiro a camisa, deito, deleito. Só quando começo a ler percebo a trilha sonora da minha leitura. Ao longe uma furadeira insistente, ao perto carros alternados e no meio, em algum lugar incerto, um pássaro de bonito canto. Nossa! Um pássaro, um pássaro mesmo. Um pássaro da classe A, não um pombo classe D.

Sobrevivente que se faz ouvir no meio de máquinas.
Ufa... Furadeiras, carros e pássaro.



Torço que também esteja tomando Sol.

2 comentários:

  1. É por essas e tantas outras que eu admiro você. Por conseguir sempre achar a poesia e a beleza onde aparentemente não há. Até em mim. Te amo!

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    1. Você um linda poesia branca com duas pernas gostosas!

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